quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Talvez, quem sabe, um dia...

E que quando, talvez, você batesse na minha porta, eu diria algo como
-Você vem para ficar?
Com a mão no peito, como se estivesse a evitar que o coração saltasse para fora ou simplesmente batesse tão forte que simplesmente parasse.
E talvez, se você batesse na minha porta, você iria responder
-Eu venho pra ficar. Eu venho para onde não saí.
E diria que teu lugar é aqui, sempre foi, nunca pensou diferente, só que não podia, não devia... já desistiu de tentar se afastar, já não conseguia lutar contra isso. E seria o momento em que você talvez me guiasse para dentro, beijasse meus cabelos, tocasse meu rosto frio com teus dedos. Talvez ocorresse tudo isso. Nunca soube, já que não passou de talvez. E talvez, nada acontecesse. Nem uma batida na porta, nem uma sombra no corredor, nem um coração inquieto. No fim, você não apareceu. E eu só fiquei com o talvez, quem sabe, um dia...

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