domingo, 17 de abril de 2011

Não há honra em se entregar
não há remédio que me faça esquecer.
Peito em chamas
Silêncio de palavras
redoma de vidro
Poeira na garganta não sai com água.
Bordados na pele
Azul de tinta
Sempre fui sem cor pra não marcar nada.
Vim com um interior sujo
e a pupila vazia
Mas precisava aparentar ter luz.
Nem sobre o corpo há dominio ou liberdade.
Perdida fui desde a epigênese
Perdida estou
não há remédio que me faça encontrar um caminho.
Não há pureza
nem honra
na entrega.
Não há o que me faça
parar de sentir
corroer.
Da janela nada vejo
mas é porque nada quero ver
sentimento é cegueira
coração de desgraça
Queria-o numa bandeja de prata.
A oferta.
Mas nem há tanta pureza no último ato
nem na inevitável queda.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Poema ao acaso

Preciso ver as mãos sujas, pelo menos uma necessidade de Agosto. Só porque sou só posso falar sobre ela, por que entendo a memória.
Sujar as mãos testando um sentido novo
e faço nosso o mundo
A alma, ah a ressurreição
Minha vida em pessoa deixou.
Grades.
Quase que eu chorei, porque sou só
Ele pintará os dias.
Quando eu queria o bastante, a solidão dos meus segredos.





~

(brincadeira com o "that can be my next tweet")

terça-feira, 5 de abril de 2011

Não que eu queira, não, mas acho que ando escondendo o que sou.
Um fim para um novo começo, mas você me escapou.