quinta-feira, 30 de abril de 2009

Se aqueles sonhos...

Ah se esses sonhos que ando tendo fossem reais.. ai se fossem para sempre assim... Acordar sempre com um sorriso no rosto não é nada mal, certo?

Afinal, sonhar com você é isso: Felicidade. Pensar em você é isso, felicidade. Só o fato de pensar.

Aquelas besteiras, risadas. Pegar você cantando alguma música... nossa música.

Sonhar. Sonhar é viver, viver é sonhar. Sonhar que tudo vai ficar bem, sonhar com o que quero, sonhar com você...

Seria bom se todos os dias fossem assim, um sonho. Como os tantos sonhos onde você apareceu só pra mim. Onde pudemos ter um momento só nosso, impossivel de acontecer na realidade.

Mas os sonhos são pra isso, não são? Fazer acontecer o impossível.

Nem sempre possuem algum sentido, mas também, nem a vida o possui! E como é bom que assim seja: livre, desconexo.

Afinal, que graça teria se seguisse algum padrão?

Ah, como é bom sonhar com coisas que sei que nunca aconteceriam, sonhar com um beijo, um abraço, um carinho!
Essas coisas secretas que mantenho no pensamento e na vontade...

Aquela vontade de pegar na sua mão, entrelaçar nossos dedos. Pousar meus olhos nos seus sem culpa, sem vontade de mudar. E quem me derá se fosse sempre assim...

Creio que o unico defeito dos sonhos é acordar deles e descobrir que nada era real. Acordar e ver que as coisas não são exatamente como imaginamos, no nosso mundo perfeito dos sonhos.

O que mais dói é olhar pra você, lembrando dos sonhos, e saber que nada é tão perfeito. Saber que você pode estar perto e mesmo assim está longe. Impossivel te alcançar...

Pois, deixem-me no mundo dos sonhos, por favor!
Para que eu possa viver na liberdade, sem choro, sem dores, sem saudade... Onde a vida seria somente eu e você assim, juntinhos. E a nossa vizinha seria a felicidade!

E mesmo se a vida fosse feita de rotinas, todo dia seria especial. Tendo você ao meu lado, de que importa o cotidiano? Nada seria igual!

De que importa viver a realidade, se nos sonhos eu posso ser feliz, afinal?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Adeus...

Não vou te esperar pra vida inteira. Você deve saber disso. Eu cansei, cansei mesmo. Pra quê ficar com braços abertos se você não virá? Isso só serve pra cansar. Você nunca vai me pertencer. Segue sua vida, eu sigo a minha. Quero viver.

Respirar enfim. Gritar pra quem quiser ouvir: não te quero mais pra mim.

Pois é, acabou. Eu vou conseguir, já estou conseguindo.

Não quero ver você de novo. Quero esquecer o timbre de sua voz. Não quero lembrar nem de seu rosto e esquecer que um dia houve um “nós”.

Agora sou só eu. Você não está mais na jogada. Não pensou quando me abandonou por outra, quando me deixou aqui, chateada.

Não quero mais. Quero ser livre. As feridas no peito hão de sarar. Hão de ser curadas por um outro alguém que saberá me valorizar.

Valor esse que você não deu. Esse mesmo que pra você nunca existiu. Não soube cuidar do amor meu, amor esse que agora se extinguiu.

Viva sua vida. Eu vou seguir com a minha.

As linhas do destino não vão mais se unir.

Já era fato, elas nunca se uniriam. Mesmo assim doeu ver você partir.

Seja feliz, com quem estiver. Nunca lhe desejei o mal.

Estou pronta pro que der e vier. Nossa história agora tem um final.

Acabou. Adeus.

Vou cuidar dos sonhos meus. Porque assim posso ser feliz.

Felicidade não iria existir em seus braços.

Seria uma coisa falsa, seus beijos e seus abraços.

Esse afago que eu tanto queria,

Você não seria capaz de dar

Eu mereço alguém melhor

Alguém melhor para amar.

Não é homem feito, nem sei se será.

A saudade baterá no peito. Mas ela há de passar, sei que há.

Quero agora esquecer. Acima de tudo, não quero lembrar.

Esquecer as lembranças que antes eram valiosas

Esquecer sem ter que chorar.

Não quero mais saber de ti

Fique bem, aí, com a outra.

Que eu cá, não quero ser mais louca.

Louca por um abraço ou um olhar teu

Louca por alguém que não mereceu

Meu amor por ti feneceu.

Foi bom enquanto durou.

Agora, acabou.

Por tudo o que é mais sagrado,

Deus sabe o quanto você foi amado.

Meu amor? Dei-te de bom grado.

E mesmo assim você rejeitou.

Dei-o para ti sem pedir nada em troca

Bastava saber que você também sentia.

Agora, quero o amor de volta.

Devolva-me, devolva-me o amor que por ti eu nutria.

Nem venha me ver. Esse seu olhar perdido.

Não vou ter dó. Isso agora é antigo.

Agora, estou em busca de um novo amor.

Que saiba ser o que você não soube ser

Uma paixão louca e incondicional

Que me traga novamente o êxtase por viver.

O fascínio que você me causava

Agora se transformou em indignação.

Seu carinho, coisa pelo qual sempre ansiava,

Agora, quero esmagar com a palma de minha mão.

Se é assim que você quer, assim vai ser.

Vou fazer o que você solicita.

Da sua frente, vou desaparecer.

Lembrança maldita!

Se antes não queria esquecer

Agora anseio por isso.

Para respirar, enfim viver

Sorrir, verdadeiro riso.

Não esse riso falso que eu dava

Desde que você partiu

Pois a alegria de minha vida você levou

A tristeza e a ausência foi tudo o que sobrou

Meu coração se tornou algo frio.

Eu segui a vida, como um rio.

Ia por onde era guiada.

Seguia a correnteza, abandonada.

Meus sentimentos por um fio.

Mesmo assim eu ainda possuía perspectiva

De fazer parte de sua vida.

Agora eu sei que fui tola

Nunca haverá espaço em sua mente

Então pra quê continuar tentando?

Levando essa vida descontente.

De braços abertos? Por você nunca mais.

Já foi, já era, acabou.

E eu não vou voltar atrás.

Aqueles versos

Eu sei. Sou uma daquelas pessoas que amam. Mas amam verdadeiramente, amam irracional e irrevogavelmente.

Se um dia você ainda me quiser, eu estarei aqui, não há duvidas. De braços abertos, cantando e te fazendo, meia dúzia de músicas.

A vida muda, as pessoas estão em constante mudança, os pensamentos, as idéias, os ideais. Meu amor por você? Esse parece não mudar. Pensando bem, ele muda.. Ele fica cada vez maior, com o passar do tempo. E essa grandeza infinita, do amor que sinto, me machuca e me acaricia, como o vento.

E se você ainda me quiser, pode voltar. Esteja certo que irá encontrar alguém que nunca deixou de te amar.

Nossa música favorita. Minha música favorita. Sua respiração. O som tão puro e inocente, ritmado, que vem de seu coração. Me atinge como flecha, como fogo, me inunda de paixão.

O som que conheço há pouco tempo, mas parece que conheço a vida inteira. Sua respiração.

Girar, cantar, sonhar. Viver, amar, crescer.

Quero ser, existir, junto de você. Como um só, seremos.

Você tem papel principal na peça. A peça que atende por minha história. É como se com você, tudo fosse festa, o mundo fosse feito de amor, carinho e glória.

Todos os anos que vivi antes de te conhecer. Não podem ser chamados de vida. E sim de sobrevivência . O real sentido de viver descobri assim que vi você, assim que conheci sua existência.

Tudo pareceu ganhar sentido. As cortinas do espetáculo começaram a subir. Fui apresentada a um mundo novo, colorido. Passei a viver e não só a existir.

Não há amor no mundo como o que sinto por você, que faz com que todos saibam que te amo, todo mundo que me vê.

E esse amor é para sempre, você pode acreditar. Não há sentido no mundo se não posso te amar.

Parece estar escrito em meu rosto, tudo o que teimo em dizer.

Ah que desgosto! Você saber assim, logo de cara, tudo o que significa pra mim. Que é com você que quero viver.

Girando, brincando, correndo. Amando, beijando, se escondendo.

Entre a grama, o sol, as flores, trocamos carícias, palavras de amores.

Terra. Aquele cheiro, o cheiro teu. Dos seus cabelos, tecendo ondas, como véu.

E se um dia não me quiser mais, mata-me na hora, por favor. A vida não é mais nada, se não tenho seu amor.

Se você for embora, leve consigo meu coração. Qual a utilidade de um órgão que bate, se sem vida ele estará, então?

Vamos aproveitar o tempo, meu amor. Viver enquanto há tempo, meu amor. Um dia esse tempo há de faltar. E quando chegar, quero estar contigo, vendo o tempo acabar.

O sol brilhando sob teus cabelos, deixando-os de um castanho, fios de cor bronze, belos. Os olhos cintilando enquanto pairava nos meus.

E por descobrir, só de te olhar, que me ama também, sinto como se estivesse nos céus.

Seus olhos não mentem para mim. Sua boca diz não, seus olhos dizem sim.

E por saber que você me ama de volta, sinto que posso ir além.

E se não me quiser mais, não há sentido em viver. Pra quê serve minha vida se não posso mais te ter?

Não há mais dúvidas do destino que tenho. É ao seu lado que vou viver, viver esse louco amor que por ti mantenho. Viver cada dia como se o ultimo ele fosse, pois ao seu lado, meu amor, a vida é muito mais doce.

Viver cada dia, um por vez, sem pensar no tempo. Para quê pensar em coisas assim, se te tenho a todo momento?

Quer alegria maior do que ter amor na vida? Eu tenho você, é isso que importa, alma gêmea querida.

E se algum dia não tiver mais esse amor, mate-me sem piedade pois sei que mesmo que eu viva, um dia irei morrer de saudade.

Quem ama alguém assim como amo você, tem tudo o que alguém pode um dia querer. Amor assim é mais precioso que dinheiro, que riqueza, jóias, carros, beleza.

É tudo o que pedi e mais do que mereço. Ter o seu amor, meu bem, é o mais doce desejo. O tempo que dura um beijo.

Meus lábios colando nos seus, juntinhos, seu corpo quente. Todas as criaturas com inveja da gente.

A vida colorida, multicor. Tragam flores, tragam sons. A vida é mais bela agora, amor.

Esse espetáculo chamado minha vida. O astro, a estrela principal. Para quê seguir um script? Vamos fazer nosso próprio final.

E se não me quiser mais, não há sentido em viver. Pra quê serve minha vida se não posso mais te ter?

Quebrar as regras, viver seguindo o que o coração fala.

A chama nunca irá se esgotar, nosso amor, uma coisa rara.

Amar alguém assim como amo você, parece impossível, afinal. Mas eu amo, amo muito, infinitamente. Um amor inexplicável, incondicional.

Amo você, verdadeiramente. Amor como o sol nascente, Forte, infinito, sem sentido.

Amor além de tudo o que conheço. Meu coração sem ti fica perdido.

Aquele ritmo descompassado, que só você conhece. As batidas no meu peito, assim sem graça, sem jeito, revelam o que eu sinto.

Para quê dizer palavras, se enquanto eu minto, Você ouve e vê realmente, só pela batida, tudo o que eu não digo?

Você sabe que não é só um amigo. É minha paixão, meu amante, meu amado. É aquele que sempre procurei, o idolatrado. O que colocou meu coração em perigo.

No instante em que te vi, percebi que ele te pertenceria. Nessa dança frenética, chamada vida. Eu não sabia o que aconteceria.

Na nossa dança do amor, eu e você, juntos, mãos unidas, como deve ser. Eu sei que você me pertence e sabe que eu pertenço só a ti. É impossível esquecer.

Só você não percebe que estamos unidos de um jeito que não dá pra voltar atrás. Só você não vê como eu te quero demais.

E se um dia for me abandonar, diga-me o por quê. Para que servem os olhos, se não posso mais ver você?

Quero gritar, dançar, dizer aos quatro ventos em alto e bom som: Você me tem e eu te tenho. Quero dizer ao mundo todo o amor que por ti mantenho, que me consome como fogo e mesmo assim é bom.

Sou tão maluca assim, por te amar com tamanha intensidade?

Por achar que sem você, morreria de saudade, por achar que sem você, a vida não teria utilidade.

E É por conhecer você tão bem que acho que a eternidade não seria obstáculo pra gente.

O amor prevaleceria, iria além da carne, da idade. Seria a mente. E nunca adoeceria.

Todos os versos que escrevo, são dedicados a alguém, e somente. São dedicados a você, a quem amo infinitamente.

Por isso, guarda-os bem, guarda-os para quando sentir saudade. Pois poderá lembrar que foram escritos por alguém que o amou de verdade.

Os Pensamentos.

Nem em meus próprios pensamentos estou a salvo de toda a dor. Aliás, acho que são exatamente nestes onde meu sofrimento é maior. Afinal, posso fugir das pessoas, fugir das vozes, das falas. Posso fugir do mundo. Só não posso fugir de meu pensamento. Por mais que eu queira enganá-lo, ele não se deixa ser enganado. E por mais que eu queira esquecer, ele me faz lembrar, logo quando menos se espera. Em minha mente, onde achei que estaria a salvo, onde achei que faria meu esconderijo, meu porto seguro. É aí que está o perigo. Perdida em um mar de dores, dores de todos os tipos. Em meu próprio mundo particular! Não pensei que a dor chegaria até ali, onde pensei estar a salvo do resto do mundo.

No meu próprio paraíso, onde todos eram quem eu imaginava que fossem ou quem eu gostaria. Onde eram do meu jeito. Pessoas gentis, pessoas verdadeiras, amigas. E no fim, nem eram assim.

O meu próprio paraíso, que julguei ter cores, sabores, que julguei ser feliz. O meu mundo, atacado, perdeu tudo o que eu sempre quis.

Nem aqui estou a salvo, meu deus, o que vai ser então? Perdi tudo, até o que nem tive, o que será de mim se perder até meu mundo?

A única coisa que eu possuía de feliz. O mundo onde eu ditava as regras, o mundo onde eu poderia ser o que quiser e todos os meus sonhos viravam realidade. E todas as minhas fantasias se concretizavam. Esse mundo não é mais o mesmo. Mesmo que eu queira, as cores não voltam. Parece ser sempre dia triste, dia de cortejo. Não há mais carnaval, fitas no chão. Damas de preto andam pelas ruas, como a um cortejo fúnebre, uma festa funesta, um funeral. Seria o de minha alma, ou de minha mente?

Qual a melodia que irá tocar aqui, agora? Qual a melodia que irá trazer minha mente de volta?

Era só fechar os olhos que eu poderia esquecer de tudo. As falas, as faces, os gestos... Poderia esquecer até de mim, se quisesse. Agora me parece que nada disso é possível. As falas voltam com mais força, as faces rodopiam em meus olhos, os gestos não me deixam esquecer. E não há como mandá-los embora, eles teimam em voltar e atormentar-me um pouco mais. A história se repete sem ter fim.

Aquela mesma melodia volta aos meus ouvidos, agora com um tom mais lúgubre. Ou será só minha mente? Era, antes, cantada com certa felicidade, não era?

E minha mente tornou-se palco principal de tudo o que quis esquecer... Jogar fora. Não há sossego, eles nunca dormem. Os pesadelos permanecem acordados, sempre, a espreita. Em becos, ruazinha estreita, esperam o momento para agir. A hora em que entrarão em cena, direto de minha mente, e irão tirar-me o sossego para depois, enquanto eu choro, rir. E isso parece um ciclo vicioso, uma roda sem fim.

O que aconteceu com aqueles dias onde eu possuía, como único abrigo, o silêncio?

Este, agora, parece aterrorizante e não mais calmo, refúgio para tudo.

Coisas simples tornaram-se dificílimas. Ou já eram assim antes e eu não percebi?

Até o ato de falar parece algo pesaroso, doído. Por isso, permaneço quieta. Converso comigo mesma. Mesmo que às vezes falar comigo doa, me machuque. Pareço ser bem mais rígida comigo, quando falo assim, do que quando os outros falam.

Qual é a saída então, se quero ficar só, tendo eu mesma como única companhia, mas ao mesmo tempo quero estar rodeada de gente já que a solidão me dói? Traz a tona lembranças que não quero lembrar, sensações que já não quero mais sentir?

Joga fora tudo o que não necessita mais. Purifica, tira-te o braço que não há uso.

“Se a mão direita leva você a pecar, corte-a e jogue-a fora!.”

Eu já deveria ter feito. Jogar tudo o que há de ruim. Atirar pela janela, para o vento, para o nada. Se eu fizer isso, então o que será que sobrará, já que minha vida parece ser toda ruínas?

Sobrará algo de bom em mim? Ou somente a solidão ficará? A casa vazia... Janelas abertas.

A felicidade pode querer voltar um dia. Deixe tudo aberto, deixe tudo pronto para seu retorno. Um dia ela há de voltar e há de encontrar a porta aberta, convite para entrar e permanecer.

O Sol que entra nos armários, seus cabelos vermelhos. Minha mente não é mais convidativa. Não convida mais alegria, agora é lar da tristeza. E a tristeza tende a se instalar.

Já não são as mesmas coisas. A mesma fala, o mesmo olhar. A tristeza veio, desta vez pra ficar? Jogue as coisas rumo ao mar.

Espere e as veja indo embora e descubra o que sobrou, agora, já que tudo foi atirado, guiado pelo ar.

Pode não fazer o menor sentido, mas que sentido há de existir? Perder um amigo, um ente querido. Não é a pior coisa que possa vir?

As tuas coisas ainda estão intactas, assim como você as deixou. Tuas roupas, o jornal, tudo de ti que restou.

Teu sapato no chão ainda se encontra. O café depositado na mesa. O livro que estava lendo, a janta. As cortinas voando, leveza.

Frases desconexas, sem sentido. Promessas quebradas, a dor que é sentida por um coração ferido.

Não é mais como sábado de manhã, a alegria, despreocupada, sem culpa vã.

O café posto na mesa. Nossa casa, sem lugar para a tristeza.

Quem na vida nunca esperou novas auroras?

Que trouxessem junto, novas esperanças, sonhos,

Que trouxessem com elas, dias mais risonhos?

E do outro lado da rua passam as senhoras.

As Quatro Palavras.

Quatro palavras, quatro palavras soltas, desconexas. É o que é preciso para destruir a vida de alguém. O conceito de que as palavras têm poder me eram desconhecidos, até hoje. Quatro palavras podem fazer sorrir, fazer chorar, colocar medo, aliviar. No meu caso, essas quatro palavras simples serviram para acabar com uma amizade. Amizade essa que eu estava tentando cultivar por dois anos inteiros. Não sei se você, caro leitor, sabe a sensação de conhecer alguém fantástico, interessante e pensar “Deus, preciso conhecê-la!”. Pois bem, conheci certa vez uma pessoa assim. E eu sabia que não poderíamos ser amigos, amigos próximos. Seríamos no máximo conhecidos. Estava tudo bem pra mim se fosse desse jeito, afinal, de que outro jeito haveria de ser? Pois assim se sucedeu. A conheci e quis de todo jeito mostrar meus gostos, minhas idéias, meu modo de pensar. Quis que ela me conhecesse melhor, quis ver se tínhamos gostos em comum – E tínhamos alguns, para minha surpresa. Eu nunca levei muito jeito pra cultivar amizades ou até mesmo manter um diálogo sem este tornar-se monótono, mas estava me esforçando e tentando o melhor. Algumas vezes conversava com essa pessoa sobre coisas bobas, besteiras do cotidiano, nada muito importante. Outra vezes falávamos de música, de artes. Não passava disso, mas bastava para deixar-me feliz e satisfeita comigo mesma. Muitas perguntas e diálogos que gostaria de ter não saiam, permaneciam então só pra mim, sem sair da boca para fora – sem ter forças para tal. Mesmo assim, eu estava indo. Achei que tinha feito algum progresso enfim. A amizade estaria surgindo ali? Nem tive tempo de saborear direito. Como tudo nessa minha vida, foi arrancado de mim sem que eu pudesse aproveitar, sem que eu tivesse o gostinho da felicidade batendo à porta. E o que mais me deixou sem entender, o que mais me assustou foi que isso me foi arrancado com apenas quatro palavras. Sim leitor, quatro palavrinhas serviram para arruinar uma amizade inteira. Até agora não consigo acreditar. A pessoa que as proferiu nem arrependida está, devo dizer que até acha certa graça nisso tudo. Pois eu não vejo graça alguma. Já tentei lhe explicar, tentei lhe pedir para que ao menos arrumasse o erro que fez, não me ouviu. Se me ouviu, fingiu não fazê-lo. Pensei até em explicar a essa pessoa querida a verdade. Sei que iria falhar ao tentar. As palavras ficam guardadas logo quando eu mais preciso delas! Elas teimam em não sair, não acham forças que as empurrem para fora e, amuadas, nem se movem do lugar de origem. Tudo o que faço é chorar. Pois sou dessas pessoas que choram por tudo, sou dessas que choram pelas pessoas queridas, pelas coisas. É meu jeito de lidar com os problemas, as perdas, a raiva. Chorar. É meio vergonhoso às vezes, quando se chora na frente dos outros. Certas vezes não consigo controlar, as lágrimas saem involuntariamente, por vontade própria, diferente das palavras. Quando dou por mim, já estou a chorar, as lágrimas pequeninas rolando pelas faces... Vergonhoso. Pois não sei o que farei na minha situação atual... Preciso de tempo, tempo pra pensar em todos os aspectos, em todas as coisas. Tempo pra ficar sozinha, ter um tempo só pra mim. Às vezes a vida é tão fácil, porém certas vezes ela é tão difícil e incompreensível...
Queria eu deixar que as águas me levassem, levassem para qualquer lugar. Não posso me dar a esse luxo. Tenho certeza de que, com minha sina, as águas me levariam a um caminho de tristeza e solidão, tamanha a sorte que possuo. O que me resta é nadar contra essa correnteza que me força, me puxa para baixo. Quem vencerá a batalha?