domingo, 24 de julho de 2011
Amor de gestos. Preciso ver as lacunas, preciso sentir o impossível. Observar as formas e os contornos. Meu peito é feito de sombra e perspectiva. Nos seus lábios morre sempre um sorriso de permissão. Silenciosamente me fazem promessas de felicidade. Diálogos imperceptíveis aos olhos humanos. Conversas que tecem fios visíveis ao coração nu. Despido de proteção, conceitos, palavras, conteúdos. Coração de forma, de vulto, de silêncio. Ideias são novelos: acha-se a ponta e desembaraça. Pensamento à deriva. A beleza do gesto - rodopios no espaço. Nos seus lábios morrem sempre as palavras, os meus atos, a minha coragem.
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