terça-feira, 6 de março de 2012

Acostumada com o corpo dele do meu lado. Sem sobressaltos mas do jeito leve que eu sempre procurei. Cada gesto é visto, é sentido, é só nosso. As mãos não precisam de grande esforço pra se unirem – tampouco as bocas. As línguas fazem cócegas, os pés se encontram - apontados um para o outro. O cheiro de perfume bom que fica no corpo ainda quando deito pra dormir. O afago, por menor que seja, que me marca como brasa. Já sentir falta dos dedos faceiros que se encontram e desencontram, do tatear meloso pela mão do outro ao lado, do saber a mão presente, do sentir a boca e a hora. Consigo quebrar os ponteiros, mexê-los, ser dona do tempo. Nesses dias, o tempo é de ser leve, é de ser claro, manhãzinha nova sempre, cheirando a leite fervido e café recém-passado. Feito com muito amor, nosso.

2 comentários:

  1. poesias feitas enquanto está apaixonado são as melhores!! há quem discorde, que diga que as melhores surgem nos momentos de depressão e melancolia, mas eu acho que nada supera um texto in love :)

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