sexta-feira, 26 de abril de 2013

Me machuca, eu quero que você me machuque aqui e agora. Nesse bar, no mesmo canto que escolhemos da última vez. Os seus dedos cheiram a Marlboro. É forte, eu gosto. Me marca. Quero suas impressões em cada pedacinho de pele, que você faz questão de descobrir, em todos os sentidos. Não importa se tem gente passando. Aperta minha coxa, me puxa pelos ossos da cintura, você sempre diz que eu sou tão branquinha, me dá um pouco de vermelho. Eu sempre gostei de um hematoma. Vai, me faz sentir alguma coisa. Coloca sua mão na minha garganta e aperta. Você sabe e eu sei que somos extremos. Esse ritual é nosso. Põe mais cerveja pra mim, acende o meu cigarro com o seu cigarro. Faz tua língua dançar na minha boca como serpente. E me enche, até transbordar, que eu quero morrer desse teu veneno.

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