sexta-feira, 26 de abril de 2013

Pés na ponta e pouca vergonha. Deixa eu te marcar, como a louca que sou. Minhas veias inflamam, deixa eu usar minha língua e os dentes, todos os dentes. A boca escancarada como ferida aberta. Põe o doce debaixo da minha língua e deixa o Hendrix foder a guitarra. Você fica com cores bonitas pra cacete, assim. Deixa eu te ver mais de perto, esse caleidoscópio todo. Eu poderia te pintar se quisesse. A impressão que fica debaixo das pálpebras, cerradas. I want it harder, make it hurt. Eu grito e danço de pés descalços. Fica ai, fica ai, tá batendo a luz da lua no teu corpo. É boa a sensação de te ter pulsando, vivo e inteiro. Me beija. Artaud é nosso deus. Vem. Toda loucura tem que ser vista. Os filhos famintos de Baco querem um banquete do caralho hoje. Eis o meu sangue, eis o meu corpo. Você cospe na minha boca e se alimenta em mim. A seiva que sai de você é doce. Brutal, brutal, suor nos lençóis, o riso louco, o riso, fumaça, fumaça e o líquido vertendo do canto da boca.

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