terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Sempre há algo além

O ano está chegando ao fim. 2009 vai indo e levando com ele memórias, amigos, diálogos.

Esse ano começou tão fraquinho, tão sem esperanças, tão quero-que-acabe-logo! Afinal, sucessor de 2008, não esperava nada de extraordinário. Era mais um ano, mais do mesmo, sem ele. No começo doeu muito, chorei por dias inteiros. Eu o via em todas as mesas, os cantos, as salas, as pessoas. E assim foi. A dor foi passando, sempre passa. Aos poucos fui descobrindo as surpresas que 2009 me reservou.

Aproximei-me de pessoas que não possuía tanta intimidade e também daquelas que nunca pensei que teria coisas em comum e julguei sem conhecer. Fiquei mais próxima de velhos amigos, de amigos esquecidos, colegas do ano anterior. Conheci pessoas novas que agora já não sei o que sou sem elas. Lentamente, a sombra do ano anterior me deixou. O medo e a angústia deram lugar a algo muito maior, de uma paz intensa, de um sentimento bonito.

Foi um ano onde pude compreender melhor as pessoas e um pouquinho mais de mim mesma. Aprendi a viver livre, ter um sentimento bom dentro de mim, aprendi a amar os outros sem medo e a admirar as pessoas pelo que elas são: imperfeitas. Sensações esquecidas há tempos vieram a tona. E pude me sentir criança de novo: aprendendo a andar e a viver. Era como se eu visse as coisas pela primeira vez. Parece tolo mas 2009 me fez sentir assim. Muitas coisas ainda não aprendi mas esse ano me fez abrir os olhos e ver que o mundo é bem maior do que eu jamais pensei. Isso me fez querer conhecer de tudo. Conhecer várias pessoas, modos de pensar, estilos de vida.

2009 foi um ano onde aprendi a me relacionar melhor com as pessoas, falar sem medo e olhando nos olhos e sem medo de mostrar meu ponto de vista. Fez com que eu me aproximasse de pessoas que sempre quis e descobrisse que ídolos podem ser pessoas do nosso cotidiano e não só aquele astistas que admiramos. Consegui perder meu medo e dizer o que sinto às pessoas que amo.

E conhecer e compreender coisas que nunca pensei. Perder o preconceito bobo que possuía as vezes. Encontrar um pouco do sentido para coisas que sempre procurei.

Um ano de choros, medos, desencontros e encontros, uma fé que encontrei, amigos, mudanças bruscas de humor, livros, filmes, shows, aproximações, família, brigas e palavrões, textos bobos, conversas de madrugada, conselhos, broncas, desabafos, um ano que me deixou com respostas e com mais dúvidas ainda, de sonhos, de objetivos e tantas outras coisas.

2008, para mim era um começo. 2009, quando se iniciou, se tornou o fim daquele ciclo que havia se formado, o fim da história. Eu achava que não iria possuir nada além. Apenas não fui capaz de ver que 2009 foi sim o término de um ciclo, mas para o começo de um muito maior. E que venha a continuação, que venha 2010!

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