terça-feira, 1 de outubro de 2013

Estrangeira no corpo, no próprio domínio
Falar sem som, gritar sem palavra
Criaram as cidades para demonstrar o tédio
Não sentir o sangue, o peso
O meu peso eu não sinto.
Insustentável leveza poetizar o mundo.
Modos de pensar são diferentes.
É minha função ser vista. Entrada saída-peso-leveza-direções-extremos.
Meu grito finalmente saiu.

O corpo é usado como ferramenta. Não era eu.
O pano me sufocando o grito o pranto a ajuda mútua
PERFORMANCE é só um instante
Depois se quebra, a vida volta.
Recolher cigarros mentir, agir como quem fui ou queria ser. Vida dupla.
O ato maior pra toda criação é ter fome.
Eu consigo fugir de mim e ser eu mesma de modo mais verdadeiro que o habitual. A investigação dos meus limites, meus compassos, minhas articulações.
Eu sou feita de poros e músculos e atos que nem desconfiava.Meu cheiro e minha memória também ficaram pelas ruas.
Mergulho no abismo de mim mesma, escancaro a peste como se escancara a boca.

Não comer desde as 11 horas. Ainda assim, a dor não incomoda.
RITUAL.
Levar ao extremo atos do cotidiano - Levantar as mãos escolher arroz deixar-se guiar por instinto sentir a textura do mundo.
De mim
Do outro.
Contar a pulsação por uma hora um dia. Uma vida.
Todo ato simples carrega o infinito em si. Todo papel cigarro faixa de pedestre tique nervoso jeito de andar conta algo de alguém.
E meu espelho é a cidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário