domingo, 26 de agosto de 2012

No chão, o tecido que o cobria. A faca suja de sangue pendeu da mão de Tábata e caiu com um som seco no piso de madeira do banheiro. Era branco. Os papéis que ele escrevia estavam com marcas de dedos, a boca se entreabriu como num quase-grito que não teve força de sair. A outra mão de Marco Antônio segurou com força a borda da banheira. Era branco. Um último olhar dirigido a ela deu-lhe arrepio. Um eco de frase ficou solto no ar úmido de vapor do banho. O cheiro ocre que havia nas paredes, um movimento que ficou pela metade. Era Branco. Era branco. E se tornou vermelho. Por ela.

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