terça-feira, 26 de junho de 2012

Salomé rendida beija a face de seu homem morto. O último banquete, mais delicioso do que qualquer outro que já tivera. Num surto, leva os dedos à boca, manchados do sangue e embebidos da saliva daquele que lhe entregou a vida, pra sentir seu gosto. A cabeça de João Batista jaz na bandeja de prata. Ela sabe que é ali que deve repousar – ao seu lado.

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