domingo, 2 de setembro de 2012

Tenho sempre um caco de vidro nos dedos, por quebrar espelhos. Tenho sempre o gosto do sangue na boca, o fracasso que envolve as papilas degustivas.
Cigarro tem gosto de esquecimento
Lágrima tem cara de falha
E as duas marcas no canto interno do braço tem a aparência de uma vida.
Se você retira a casca do machucado, ele não vai sarar nunca. E não é a cura que eu quero.
O resto da minha alegria ficou nesse cigarro. Sem resquício do sorriso que deixa covinhas.
O resto da minha alegria se perdeu no café amargo. Na boca de lobo, do lobo, e lá ficou.

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