segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Quando estiver sozinho, escute. Ouça a voz que te canta. Sou eu. Você imagina que sim. Você sabe que sim. Eu sei que você sabe. Que você sempre soube. Agora é a última tentativa. Pelo menos, a última de uma forma direta.
Quando puder, escute. Nem que seja só um pouquinho, mas precisará de silêncio. É necessário para que se sinta, se quiser sentir e para que se entenda, se quiser me entender. Coloque a música baixinho, tome um café ou não faça nada. Enquanto ouve, feche os olhos, lembre de mim. Lembre de mim de um jeito bonito, pelo menos nessa hora, por favor. A voz que você ouve é minha. É tudo o que eu queria te dizer ou te cantar, mas não consigo.
Faça dessa a minha música, se pra você já não existem outras. Mas faça dessa a música que, onde quer que ouça, você evocará uma lembrança só nossa. Qualquer lembrança. Você lembrará do meu rosto ou de qualquer outra coisa minha. E só minha. É importante.
Eu sei que você consegue. Então imagine que, no momento em que estiver ouvindo, eu estarei na tua frente, te olhando com meus olhos de sempre, do meu jeito desesperado. Te cantando essa música com a voz que eu nunca soube que possuía, até que você me mostrou. Com a coragem que só tenho contigo. E a voz vai começando baixinha, quase com medo, mas aumenta e fica forte, e é impossível calá-la agora, ela continua forte cantando essa música. E eu estou na sua frente sem estar, você vê? Eu estou na tua frente, como sempre estive. Estou ao teu lado, te olhando espiã, te seguindo. Pra sempre. E o pra sempre é o pra sempre do tempo da canção.

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